Um levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado recentemente, revelou um cenário eleitoral que pegou a base bolsonarista de surpresa: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), aparece tecnicamente empatado com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) na disputa por uma vaga no Senado por São Paulo. A sondagem gerou apreensão entre aliados de Jair Bolsonaro (PL), que contavam com uma vantagem folgada do filho 03 no maior colégio eleitoral do país, segundo relato da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

Embora Haddad não tenha confirmado publicamente a intenção de concorrer, seu bom desempenho na pesquisa reforça seu potencial eleitoral e amplia o debate sobre os rumos da esquerda no estado. A projeção de um embate direto com Eduardo Bolsonaro é vista como simbólica: representaria o reencontro de dois polos antagônicos da política brasileira em uma disputa com peso nacional. O avanço do petista, impulsionado por sua visibilidade à frente da economia e sua base consolidada na capital paulista, acendeu o sinal de alerta no campo bolsonarista.

A possibilidade de Haddad conquistar uma vaga no Senado por São Paulo também reaquece a rivalidade entre PT e bolsonarismo no estado, tradicional reduto da direita. Para conter o avanço do ministro, aliados de Bolsonaro já se articulam nos bastidores para reforçar a imagem de Eduardo e evitar que o filho do ex-presidente perca fôlego eleitoral. O cenário, ainda indefinido, aponta para uma disputa acirrada que poderá ter impacto direto nas estratégias nacionais para 2026.