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,05/09/2025

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Enquanto professores lutam, Paulo Dantas curte lua de mel e planeja cargo em Brasília

Representantes do Sinteal afirmam que a proposta foi empurrada sem diálogo, ignorando mais de 20 reivindicações dos educadores.


Enquanto professores lutam, Paulo Dantas curte lua de mel e planeja cargo em Brasília Manifestação dos Professores de Alagoas / Foto: Sinteal

A paralisação da rede estadual de ensino em Alagoas chegou ao terceiro dia com professores e trabalhadores da educação protestando em frente ao Palácio República dos Palmares. O motivo principal é o reajuste de 4,83% proposto pelo governador Paulo Dantas (MDB), considerado insuficiente pela categoria. Representantes do Sinteal afirmam que a proposta foi empurrada sem diálogo, ignorando mais de 20 reivindicações dos educadores. A categoria denuncia a corrosão salarial desde 2021 e exige valorização real dos profissionais da educação.

As críticas ao governo se intensificam com a revelação feita pelo ex-deputado Davi Maia (União Brasil) de que Paulo Dantas já estaria planejando seu futuro político fora do governo estadual. Segundo Maia, Dantas pretende disputar a Prefeitura de Maceió em 2028 ou ocupar uma vaga como ministro em um eventual novo mandato de Lula. A declaração levanta questionamentos sobre o comprometimento do governador com a resolução dos problemas urgentes de Alagoas — entre eles, a crise na educação.

Enquanto os professores lutam por melhores condições salariais e mais respeito, o governador parece mais focado em sua ascensão política do que em resolver as demandas do presente. Essa percepção é reforçada pela atuação tímida de seu vice, Ronaldo Lessa, que tem priorizado questões relacionadas às chuvas, sem oferecer resposta clara às reivindicações do funcionalismo estadual. A ausência de liderança efetiva tem sido vista como desprezo ao papel estratégico da educação no desenvolvimento do estado.

Para muitos, o cenário beira o absurdo: enquanto milhares de trabalhadores da educação enfrentam sol e chuva em protestos, Paulo Dantas curte lua de mel na Europa e, ao mesmo tempo, articula cargos em Brasília. A imagem de um governador mais preocupado com seus interesses pessoais e projetos futuros do que com a educação de seu estado acirra ainda mais os ânimos da categoria e da opinião pública.

Com nova assembleia marcada para o dia 28, em que será debatido o indicativo de greve, Paulo Dantas se vê diante de um impasse político e moral. Continuar ignorando a pauta dos servidores pode gerar um colapso na relação com o funcionalismo, enquanto priorizar sua própria projeção política mina a confiança da população. A educação clama por respeito, e o governo não pode se dar ao luxo de virar as costas a quem sustenta a base do futuro de Alagoas.




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