Os professores da cidade de Maceió estão em greve geral desde o último dia 5 de maio, após o prefeito da capital, JHC (PL), propor um reajuste de 5% parcelado — proposta não aceita pela categoria. Agora, mais de 20 dias após o início da paralisação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) decidiu manter a greve, já que a prefeitura não apresentou uma nova proposta.

A situação da educação na capital alagoana evidencia um verdadeiro descaso por parte da administração do prefeito JHC, que mantém a proposta de 2,5% em maio + 2,5% em outubro, somada ao pagamento de progressões retroativas — o que continua sendo rejeitado pelos profissionais, que seguem em greve.

“Nós estamos cobrando do gestor que, de fato, coloque a educação como prioridade. Nossa luta é legal. O caos da educação pública de Maceió é responsabilidade de JHC. São fatores como a suspensão dos transportes escolares, a falta de PAEs e o não pagamento de progressões e biênios que demonstram o descaso da prefeitura de Maceió com a educação”, afirmou Izael Ribeiro, presidente do Sinteal.

Após decidirem pela manutenção da greve, com cartazes com os dizeres: “JHC, a culpa é sua!”, a categoria saiu em protesto pelas ruas do centro de Maceió até a sede da Secretaria Municipal da Fazenda.

“Não dá para aceitar. O gestor tinha uma proposta de 6,27% e recuou para 5%, de forma parcelada. Isso é um desrespeito e um deboche contra a nossa categoria. É preciso que continuemos cobrando toda essa pauta, construída legalmente na luta”, declarou Consuelo Correia, vice-presidente do Sinteal.

Assembleia que decidiu pela manutenção da greve da categoria em Maceió.