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,17/06/2025

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Comitiva majoritariamente bolsonarista ignora alerta e visita Israel em guerra; governo Lula age rápido e realiza o resgate

Desde outubro de 2023, o Itamaraty mantém um alerta ativo desaconselhando "toda viagem não essencial" a Israel. À época, o governo brasileiro chegou a retirar 1.413 cidadãos do território israelense em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).


Comitiva majoritariamente bolsonarista ignora alerta e visita Israel em guerra; governo Lula age rápido e realiza o resgate Avião do Exercito brasileiro / Foto: Sougov.br

Mesmo diante de um alerta oficial do governo brasileiro para evitar viagens não essenciais a Israel, um grupo de 12 políticos brasileiros decidiu ignorar as recomendações do Itamaraty e embarcar rumo a um dos epicentros de tensão geopolítica no mundo. A comitiva, formada majoritariamente por admiradores do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou o país no último domingo (15), após dias sob risco e tensão, e encontra-se agora na Jordânia, de onde partirá em voo privado para o Brasil.

A viagem gerou forte repercussão negativa, especialmente após o Ministério das Relações Exteriores divulgar nota oficial informando que os parlamentares e gestores públicos foram ao país "a despeito da orientação dada pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv". Desde outubro de 2023, o Itamaraty mantém um alerta ativo desaconselhando "toda viagem não essencial" a Israel. À época, o governo brasileiro chegou a retirar 1.413 cidadãos do território israelense em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), diante da escalada do conflito com o grupo Hamas e da instabilidade crescente na região.

A justificativa apresentada pelos políticos para a visita foi um convite de autoridades israelenses para conhecer o funcionamento da segurança pública no país. No entanto, a escolha de viajar mesmo diante de um conflito aberto entre Israel e Irã, agravado por recentes ataques a instalações nucleares iranianas, foi vista por muitos como um ato de imprudência e autopromoção.

Entre os nomes que compõem a comitiva estão Álvaro Damião (prefeito de Belo Horizonte), Welberth Porto (prefeito de Macaé), Gilson Chagas (secretário de Segurança Pública de Niterói), Janete Aparecida (vice-prefeita de Divinópolis), Claudia Lira (vice-prefeita de Goiânia), Johnny Maycon (prefeito de Nova Friburgo), Flavio Guimarães (vereador do Rio de Janeiro), Márcio Lobato (secretário municipal de BH), Francisco Nélio (tesoureiro da CNM) e Flavio do Vale (vereador autodeclarado conservador) que são admiradores de Jair Bolsonaro. A eles se juntaram três aliados do atual presidente Lula: Cícero de Lucena (prefeito de João Pessoa), Francisco Vagner (secretário de Planejamento de Natal) e Davi de Matos (Centro de Inteligência do RJ).

Para críticos, a presença de figuras como o vereador Flavio do Vale — que se apresenta nas redes como defensor do conservadorismo e “lutador contra o antissemitismo” — escancara o uso político da viagem. Em vez de representar uma missão técnica, a visita é apontada como uma oportunidade de autopromoção, com direito a publicações em redes sociais, discursos vazios e marketing pessoal em meio ao cenário de guerra.

Além da irresponsabilidade diplomática, a viagem levanta questões sobre o uso de recursos públicos, a ausência dos gestores em seus municípios em plena atividade administrativa, e o custo de mobilizar o aparato diplomático brasileiro para resgatá-los. O Ministério das Relações Exteriores precisou entrar em contato com o chanceler da Jordânia para viabilizar a saída da comitiva por via terrestre, e embaixadas em Amã e Riyadh foram acionadas para garantir apoio ao grupo.











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