O ex-ministro Onyx Lorenzoni, que chefiou a pasta da Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro, está envolvido em uma nova polêmica. Durante sua campanha ao governo do Rio Grande do Sul em 2022, ele recebeu uma doação no valor de R$ 60 mil de Felipe Macedo Gomes, que ocupava a presidência de uma das entidades agora investigadas por envolvimento em um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A denúncia levanta questionamentos sobre a origem dos recursos usados na campanha e a eventual conexão entre políticos e os responsáveis pelo esquema fraudulento.

      As investigações da Polícia Federal apontam que o esquema envolvia descontos irregulares em aposentadorias e pensões, afetando diretamente beneficiários do INSS. Essas práticas ilícitas geraram prejuízos significativos para os aposentados, além de movimentarem grandes quantias de dinheiro entre entidades suspeitas. A participação de dirigentes dessas organizações em doações políticas sugere possíveis tentativas de influência ou favorecimento, o que aumenta a gravidade do caso e amplia o alcance das investigações.

      Outro nome de destaque envolvido nas investigações é o também ex-ministro José Carlos Oliveira, que está sendo investigado por transações suspeitas ligadas a um assessor associado a uma das entidades investigadas. A inclusão de dois ex-ministros de Bolsonaro nas apurações reforça a preocupação com a extensão da rede de corrupção ligada à Previdência. A Polícia Federal segue com diligências para identificar todos os envolvidos e esclarecer até que ponto os recursos públicos e os beneficiários foram lesados por esse esquema fraudulento.