A eleição do cardeal norte-americano Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV reacendeu questionamentos sobre sua atuação anterior em casos de abuso sexual dentro da Igreja Católica. Durante seu tempo como bispo de Chiclayo, no Peru, Prevost foi acusado de negligenciar denúncias contra dois sacerdotes e permitir que padres investigados continuassem em funções ministeriais sem restrições.

As críticas se estendem também ao seu período como líder da Província Agostiniana do Meio-Oeste dos Estados Unidos, onde permitiu que o padre James Ray, suspenso por acusações de abuso de menores, residisse em um mosteiro próximo a uma escola católica em Chicago, sem informar a administração da instituição. Essas decisões geraram preocupações sobre sua conduta em situações sensíveis e reforçaram o debate sobre transparência na hierarquia da Igreja.

Em resposta, a diocese de Chiclayo negou qualquer encobrimento, enquanto o jornalista peruano Pedro Salinas classificou as acusações como “absolutamente falsas”. Apesar das polêmicas, o agora Papa Leão XIV afirmou seu compromisso com a seriedade no combate aos abusos e a promoção da justiça às vítimas. Sua escolha como primeiro pontífice norte-americano ocorre em um momento crucial, no qual a Igreja busca recuperar a confiança pública e fortalecer ações contra abusos no clero.