STF exige clareza, mas Ziulkoski defende emenda no escuro
Ziulkoski se revolta com STF por querer expor uso de verbas públicas de forma transparente.

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, criticou duramente uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que obriga maior transparência na distribuição das emendas parlamentares. Para o dirigente, a medida, embora defendida como avanço para o controle público, impõe obstáculos ao funcionamento político e administrativo de prefeitos e parlamentares em todo o país.
Ziulkoski argumenta que o novo entendimento da Corte limita a autonomia dos agentes públicos na alocação de recursos, dificultando o atendimento direto das demandas locais. Segundo ele, a decisão ignora a realidade prática das prefeituras, especialmente em regiões onde os recursos provenientes das emendas são essenciais para a execução de políticas públicas básicas, como saúde e infraestrutura.
A decisão do STF, no entanto, é vista por setores da sociedade civil como um passo importante para combater a distribuição opaca e, muitas vezes, desigual de verbas federais. Apesar das críticas, a Corte reforça que a transparência é um princípio constitucional e essencial para garantir a legitimidade dos gastos públicos e o acompanhamento por parte da população e dos órgãos de controle.