Gleisi Hoffmann Denuncia "Genocídio" em Gaza Após Tanques Israelenses Atirarem Contra Multidão Faminta
Hoffmann classificou o ato como "barbárie" e "o horror do genocídio praticado pelo governo de extrema-direita de Israel".

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, utilizou suas redes sociais para denunciar o que classificou como "escalada da crueldade contra a população de Gaza", chamando a atenção para um novo episódio de violência em meio ao conflito na região. Segundo a parlamentar, tanques do exército israelense teriam atirado contra uma multidão faminta em Gaza que buscava alimentos em caminhões de ajuda humanitária, resultando em pelo menos 59 mortos. Hoffmann classificou o ato como "barbárie" e "o horror do genocídio praticado pelo governo de extrema-direita de Israel".
A denúncia da presidente do PT ocorre em um momento de crescentes tensões regionais, com as atenções voltadas para a escalada entre Israel e Irã, o que, para ela, não deve desviar o foco da crise humanitária e dos ataques em Gaza.
Entenda o Contexto da Guerra em Gaza e Israel
O conflito entre Israel e grupos palestinos em Gaza, como o Hamas, é complexo e tem raízes históricas profundas que remontam à fundação do Estado de Israel em 1948 e ao subsequente deslocamento de palestinos, conhecido como Nakba (catástrofe). A Faixa de Gaza, um território densamente povoado e economicamente fragilizado, está sob um bloqueio imposto por Israel e Egito desde 2007, quando o grupo islâmico Hamas assumiu o controle da região.
A atual fase de intensa violência, à qual Gleisi Hoffmann se refere, intensificou-se drasticamente após os ataques coordenados do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Naquela data, militantes do Hamas invadiram comunidades israelenses, resultando na morte de cerca de 1.200 pessoas (a maioria civis) e no sequestro de aproximadamente 250 reféns.
Em resposta a esse ataque, Israel lançou uma vasta operação militar em Gaza, com o objetivo declarado de desmantelar o Hamas, resgatar os reféns e garantir sua segurança. A ofensiva israelense, que inclui bombardeios aéreos, artilharia e incursões terrestres, tem causado uma catástrofe humanitária sem precedentes na Faixa de Gaza.
Consequências e Acusações
Os dados de organizações internacionais e autoridades de saúde de Gaza (controladas pelo Hamas) indicam que o número de mortos na região palestina já ultrapassa dezenas de milhares, com uma maioria significativa de civis, incluindo mulheres e crianças. A infraestrutura de Gaza foi amplamente destruída, e a população enfrenta escassez severa de alimentos, água, medicamentos e energia. A ONU e diversas entidades humanitárias têm alertado para o risco iminente de fome e epidemias.
As ações militares de Israel têm gerado condenação internacional por parte de muitos países e organizações, que acusam o país de violar o direito humanitário internacional e, em alguns casos, como o de Gleisi Hoffmann, de praticar "genocídio". Israel, por sua vez, afirma que suas operações são legítimas e defensivas, buscando eliminar uma organização terrorista que se esconde entre a população civil, e acusa o Hamas de usar civis como escudos humanos.
O episódio relatado por Gleisi Hoffmann, envolvendo disparos contra uma multidão em busca de ajuda humanitária, é mais um dos incidentes que têm gerado indignação e reforçado os apelos por um cessar-fogo imediato e pela garantia de acesso irrestrito à ajuda humanitária em Gaza. A atenção global permanece dividida entre a escalada regional e a gravidade da crise humanitária no território palestino.