O governo brasileiro, por meio de uma declaração oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou "grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio" e condenou veementemente os recentes ataques a instalações nucleares iranianas. A nota faz referência a ações militares atribuídas a Israel e, mais recentemente, aos Estados Unidos, classificando-as como "violação da soberania do Irã e do direito internacional".

A declaração de Lula enfatiza que "qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica". O governo brasileiro alertou para os perigos dessas ações, que representam "uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala".

O posicionamento do Brasil reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e expressa uma "firme rejeição a qualquer forma de proliferação nuclear", especialmente em regiões voláteis como o Oriente Médio.

Além disso, o governo brasileiro repudiou os "ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas", que têm resultado em um crescente número de vítimas e danos a infraestruturas civis, incluindo hospitais, que são protegidos pelo direito internacional humanitário.

Ao final, a nota brasileira reiterou sua "exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito". O Brasil sublinhou a "urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz", advertindo que "as consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear". A postura de Brasília reforça seu papel tradicional de defesa do multilateralismo e da solução pacífica de conflitos.

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