Deputado Delegado Paulo Bilynskyj ataca Erika Hilton e alega irregularidades em emendas e contratações
O deputado do PL afirmou ainda que já solicitou a cassação do mandato de Erika Hilton e sua responsabilização por improbidade administrativa.

O deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) usou suas redes sociais para fazer uma grave acusação contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), levantando suspeitas sobre o uso de emendas parlamentares e a contratação de assessores. A publicação de Bilynskyj acirra o tom da disputa política, especialmente entre a direita e a esquerda, e reivindica um tratamento igualitário nas investigações.
"Lembra que a Erika Hilton mandou 1.5 milhão de reais de emenda pra ONG dela? Pois é... esses R$ 22.500,00 mensais pro 'assessor cabeleireiro' é pouca coisa", escreveu Bilynskyj, insinuando um suposto esquema de desvio de recursos. A menção ao "assessor cabeleireiro" com um salário de R$ 22.500 mensais sugere que o deputado questiona a necessidade e a adequação da função para um cargo pago com verba pública, além de insinuar que a contratação teria fins pessoais, e não legislativos.
O deputado do PL afirmou ainda que já solicitou a cassação do mandato de Erika Hilton e sua responsabilização por improbidade administrativa. No entanto, a declaração de Bilynskyj foi acompanhada de uma crítica ao que ele percebe como um tratamento desigual por parte das instituições: "mas no Brasil só a direita tem que explicar em 24 horas", desabafou, sugerindo que parlamentares de direita enfrentam um escrutínio mais rigoroso e prazos mais apertados para justificativas em comparação com seus oponentes políticos.
Análise das Alegações
As acusações de Paulo Bilynskyj contra Erika Hilton são graves e demandam apuração por parte das autoridades competentes.
Emendas para ONG ligada à parlamentar: O direcionamento de emendas parlamentares para organizações não governamentais (ONGs) é uma prática comum entre deputados e senadores, mas é frequentemente alvo de questionamentos e investigações quando há indícios de favorecimento pessoal, ligação direta com os parlamentares ou falta de transparência na aplicação dos recursos. A afirmação de que a ONG beneficiada com R$ 1,5 milhão seria "dela" (de Erika Hilton) levanta a necessidade de verificar a existência de vínculo formal ou informal que configure conflito de interesses.
Contratação de "assessor cabeleireiro" com alto salário: A contratação de assessores para gabinetes parlamentares é legal, mas a adequação da função e do salário é constantemente debatida. Se a função de "cabeleireiro" for confirmada, e se houver indícios de que o serviço prestado não se relaciona diretamente com as atividades parlamentares, isso pode configurar uso indevido de verba pública e improbidade administrativa. O valor do salário de R$ 22.500,00 mensais para um assessor é um valor alto para o padrão geral de salários no país, mas não é incomum em gabinetes de Brasília, dependendo da complexidade das funções.
Pedido de cassação e improbidade: O pedido de cassação e responsabilização por improbidade é uma medida formal que parlamentares podem tomar quando veem indícios de conduta irregular. Esses pedidos são encaminhados aos órgãos competentes, como a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, o Conselho de Ética e, eventualmente, o Ministério Público.
Crítica à "explicação em 24 horas" apenas para a direita: Essa parte da fala de Bilynskyj reflete uma percepção de parte da direita política no Brasil, que se sente alvo de um ativismo judicial ou de uma "perseguição" seletiva por parte de algumas instituições. É um argumento retórico comum em um cenário de polarização intensa, onde grupos acusam outros de terem privilégios ou de serem menos investigados.
As alegações de Paulo Bilynskyj, se forem embasadas em provas e comprovadas, podem ter sérias consequências para a deputada Erika Hilton. No entanto, é fundamental aguardar as investigações dos órgãos competentes para determinar a veracidade das acusações e a existência de qualquer irregularidade.
Leia mais:
- Presidente Lula celebra crescimento do setor aéreo no Brasil: ''Crescimento de 10%'''
- IOF: Haddad e Gleisi defendem o aumento, enquanto Hugo Motta se posiciona contra