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O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira sua aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão confirma os sinais que o magistrado vinha dando nos últimos meses de que deixaria o tribunal antes do prazo legal, previsto apenas para 2033, quando completaria 75 anos. A saída deve abrir uma intensa disputa política e jurídica em torno da sucessão.

Nos bastidores de Brasília, quatro nomes despontam como favoritos para ocupar a cadeira de Barroso. O mais cotado é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, considerado homem de confiança do presidente Lula e com perfil técnico e político alinhado ao governo. Aos 45 anos, Messias poderia permanecer no STF por até três décadas, caso seja o escolhido.

Outro nome em evidência é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado e aliado próximo de ministros como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Pacheco é visto como uma opção que agradaria tanto ao Judiciário quanto ao Legislativo, embora Lula ainda avalie mantê-lo na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026, o que poderia adiar uma eventual indicação ao Supremo.

Também está no radar do Planalto o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que possui bom trânsito político e relação próxima com o governo. Além dele, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, é outro nome cogitado, tendo se destacado pela atuação em temas de integridade e transparência pública.

Em eventos recentes, Barroso já vinha sinalizando a possibilidade de se afastar da Corte. “Estou há 12 anos e mais de três meses e posso ficar ainda mais oito anos. É muito difícil deixar o Supremo, que é, para quem gosta do Brasil e tem compromissos com o país, um espaço relevante. Mas há outros espaços relevantes na vida brasileira, de modo que eu estou considerando todas as possibilidades, inclusive a de ficar”, declarou nesta semana.