Apesar da manifestação contrária do Congresso Nacional, o julgamento do deputado federal Roman no Supremo Tribunal Federal (STF) segue em andamento. A decisão do STF de manter a análise do caso tem gerado debates intensos sobre os limites entre os Poderes da República e a autonomia do Judiciário diante da vontade política do Legislativo. Parlamentares de diferentes partidos se uniram em críticas à Corte, alegando que a continuidade do processo desrespeita a soberania do Parlamento e fragiliza o princípio da separação dos Poderes.

O caso de Roman ganhou destaque após acusações que, segundo seus aliados, têm forte conteúdo político e não jurídico. A Câmara dos Deputados chegou a se posicionar formalmente contra o prosseguimento do julgamento, argumentando que ele atenta contra a prerrogativa de foro e contra a própria institucionalidade. Mesmo assim, os ministros do STF decidiram dar continuidade ao processo, reforçando que o Judiciário não está subordinado à vontade política e que tem o dever de julgar sempre que houver indícios de ilegalidade, independentemente da função exercida pelo réu.

A manutenção do julgamento reacende uma discussão antiga sobre a judicialização da política e os possíveis excessos do STF. Enquanto apoiadores de Roman denunciam uma perseguição institucional, defensores da Corte argumentam que nenhum parlamentar está acima da lei. A tensão entre os Poderes cresce, revelando um cenário de instabilidade institucional que preocupa juristas, analistas e a sociedade civil. O desfecho do caso poderá ter implicações importantes para o equilíbrio democrático e para o entendimento futuro sobre os limites do STF frente às decisões do Congresso.