Seja bem-vindo
,14/05/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Influenciador alagoano aposta em “Jogo do Tigrinho” ao vivo na CPI

Rico apostou R$ 4 e, em poucos segundos, obteve um retorno de mais de R$ 100.


Influenciador alagoano aposta em “Jogo do Tigrinho” ao vivo na CPI Foto: Reprodução

Em uma sessão atípica da CPI das Apostas Esportivas (CPI das Bets), realizada nesta quarta-feira (14/5), o influenciador digital Rico Melquiades realizou uma aposta ao vivo durante seu depoimento no Senado. A pedido da relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), o influenciador acessou diretamente de seu celular o “Jogo do Tigrinho”, uma plataforma de apostas investigada por possíveis irregularidades na divulgação e no acesso por menores de idade.

Durante a demonstração, Rico apostou R$ 4 e, em poucos segundos, obteve um retorno de mais de R$ 100. O resultado, exibido diante dos parlamentares, provocou reações imediatas e acendeu o debate sobre a aparente facilidade de ganhos promovida pelo jogo — exatamente o tipo de publicidade que a comissão tem criticado por atrair jovens e usuários vulneráveis.

''Quero ver o senhor jogando. O senhor sempre posta ganhando", declarou Thronicke, justificando o pedido como uma forma de entender como os influenciadores interagem com o público e promovem as plataformas. Segundo ela, há uma preocupação crescente com o apelo visual dos vídeos que destacam apenas os ganhos, ignorando os riscos e as perdas que também fazem parte da experiência.

Rico, que possui contrato de divulgação com a plataforma, explicou que realiza cerca de 15 postagens mensais, muitas delas jogando por ao menos dois minutos. “Não existe um script fixo, mas a gente recebe um briefing”, afirmou. Ele também declarou que atualmente é obrigatório alertar os seguidores sobre os riscos do jogo, embora admita que as postagens priorizem os momentos de vitória. “É mais comum mostrar os ganhos, porque gera mais engajamento”, justificou, o que foi alvo de críticas dos senadores por possível indução ao jogo compulsivo.

A exibição prática feita pelo influenciador evidenciou uma das principais preocupações da CPI: a sedução por ganhos fáceis como estratégia de marketing, especialmente perigosa para adolescentes. Apesar das exigências de verificação de identidade e idade mínima nas plataformas, os parlamentares questionam a eficácia dessas barreiras e defendem uma regulamentação mais rigorosa sobre o conteúdo divulgado por influenciadores.







Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.