O deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT-AL) usou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para defender a recente viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China e criticar o que chamou de “apagão midiático” sobre os resultados da visita oficial. Em uma publicação extensa, Medeiros destacou os avanços econômicos e diplomáticos alcançados por Lula e acusou a grande imprensa de ignorar os feitos do governo por interesses políticos.

Segundo o parlamentar, a viagem resultou em bilhões de reais em investimentos para o Brasil, além de um compromisso do governo chinês de enviar um representante para investigar o conteúdo do TikTok no país — especialmente publicações de extrema-direita e “desafios” perigosos voltados a crianças. Para Medeiros, o gesto demonstra preocupação mútua com os impactos das redes sociais e a influência de narrativas extremistas sobre o público jovem.

Outro ponto ressaltado foi o jantar de Lula na residência oficial do presidente chinês, Xi Jinping, um gesto inédito na diplomacia chinesa. "Lula foi o primeiro líder mundial a jantar na casa de Xi Jinping", escreveu o deputado, destacando a importância simbólica da recepção. “Normalmente, esses encontros ocorrem no Palácio do Povo, sede do governo chinês. Pela primeira vez na história, um chefe de Estado foi recebido em sua casa.”

Medeiros também defendeu a ex-presidente Dilma Rousseff, atual presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o banco dos BRICS. De acordo com o deputado, Dilma tem sido tratada com status de chefe de Estado na China, tendo discursado no IV Fórum China-CELAC, onde defendeu o uso de moedas locais em transações comerciais, reforçando o movimento global de desdolarização.

Em tom crítico, o deputado atacou a cobertura da imprensa brasileira, acusando-a de ignorar os avanços internacionais do governo e priorizar pautas triviais. “Enquanto tudo isso acontece, o que a imprensa noticia? Um mapa-múndi do IBGE que coloca o Brasil ao centro e de ‘ponta-cabeça’. É mais um sintoma da síndrome de colonizado”, disparou. Para ele, a mídia tradicional estaria comprometida com um projeto político de oposição ao presidente: “A grande imprensa já escolheu seu candidato para 2026 — e, obviamente, não é Lula”.