A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China na última semana, ao lado de empresários e políticos brasileiros, rendeu grandes negócios ao Brasil, pelo menos na promessa de investimento por aqui, por grandes empresas que operam no mercado asiático. Um dessas empresas é a Mixue Ice Cream & Tea, que iniciou suas operações com pequeno carrinho de raspadinhas na China e hoje, vale US$10 bilhões, e promete investir R3,2 bilhões e gerar 25 mil empregos até 2030, montando no país sua gigantesca rede de fastfood, para concorrer com o McDonald´s e BurguerKing, empresas que dominam o mercado de comida rápida por aqui.

Quem também anunciou a chegada por aqui foi a Meituan, que é proprietária da Keeta, um serviço de entrega de comida e bebidas, que pretende competir com a brasileira iFood, a colombiana Rappi e também outra compatriota chinesa, a Didi, que controla a 99Taxi e quer retomar os serviços de entrega de alimentos, que foi encerrada em 2023.

A Mixue iniciou suas operações em 1997, idealizada por um estudante universitário que usou um empréstimo da avó para abrir uma barraca de doces em Zhengzhou, em Henan, na China. Mas foi somente em 2006, que encontrou o caminho para o sucesso nas vendas, ao lançar um sorvete que custa 1 yuan, que foi um sucesso de vendas, e divisor de águas na crescimento da empresa.

Atualmente, a Mixue tem mais de 45 mil lojas em todo o mundo, superando o McDonald's e Starbucks, que juntas, operam menos de 43 mil unidades. A empresa chinesa também opera em regime de franquias, o que permite crescer sem arcar com os custos de novas unidades.

Em 2022 a empresa teve um lucro superior a US$300 milhões, e neste ano estreou na Bolsa de Valores de Hong Kong, no seu IPO, que foi a abertura de oferta de ações, conseguiu capitalizar cerca de R$444 milhões, e agora quer se tornar uma empresa com presença global.