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,01/10/2025

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Cristina Kirchner é Presa; Gleisi Hoffmann Denuncia Perseguição Política Contra a Esquerda na Argentina

As acusações centram-se em um esquema de corrupção e fraude em licitações de obras públicas na província patagônica de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner.


Cristina Kirchner é Presa; Gleisi Hoffmann Denuncia Perseguição Política Contra a Esquerda na Argentina Cristina Kirchner / Foto: Reprodução do Instagram

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, manifestou profunda preocupação com a sentença de prisão e inelegibilidade imposta à ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Em uma publicação em suas redes sociais, Hoffmann classificou a decisão como uma "grave ameaça para as liberdades políticas" no país vizinho.

Gleisi Hoffmann reforça a defesa de Cristina Kirchner, que, juntamente com sua equipe jurídica, sustenta que a promotoria "nunca apresentou provas concretas" que justifiquem a condenação. A petista expressou solidariedade tanto à ex-mandatária argentina quanto ao Partido Justicialista, legenda à qual Cristina Kirchner preside.

A posição de Gleisi Hoffmann reflete a visão de setores da esquerda latino-americana que veem nas condenações de líderes progressistas na região um padrão de "lawfare" – o uso estratégico do sistema jurídico para fins de perseguição política. A solidariedade do PT a Kirchner sublinha a preocupação com o precedente que essa sentença pode abrir para a atuação política e os direitos democráticos na Argentina.

Entenda a prisão de Cristina Kirchner

A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada e sua pena foi confirmada pela Suprema Corte de Justiça do país em 10 de junho de 2025. A condenação se refere ao chamado "Caso Vialidad", onde ela é acusada de administração fraudulenta em detrimento do Estado durante seus dois mandatos presidenciais (2007-2015).

As acusações centram-se em um esquema de corrupção e fraude em licitações de obras públicas na província patagônica de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner. Segundo o Ministério Público argentino, uma construtora chamada Austral Construcciones, fundada pelo falecido marido de Cristina, Néstor Kirchner, teria ganhado 79% das licitações de obras rodoviárias na província durante os 12 anos em que os Kirchner estiveram no poder.

A investigação aponta que muitas dessas obras não foram concluídas no prazo, ou sequer foram finalizadas, e que a empresa teria recebido milhões em superfaturamento. Os tribunais estimam que essa "cartelização organizada" pelos Kirchner teria lesado o Estado em mais de US$ 1 bilhão.

Cristina Kirchner foi condenada a seis anos de prisão e à proibição perpétua de ocupar cargos públicos. Embora a condenação seja definitiva, por ter mais de 70 anos (ela tem 72), a ex-presidente pode solicitar o cumprimento da pena em prisão domiciliarCristina Kirchner nega todas as acusações e se declara vítima de "lawfare" – uma perseguição política, midiática e judicial orquestrada por seus adversários.






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