Rogério Correia (PT) Alerta para "Fuga Coletiva" e Pede Medidas Drásticas Contra Bolsonaristas
A argumentação de Correia baseia-se em uma série de eventos recentes que, para ele, configuram um padrão de evasão da justiça.

Em meio a uma escalada de tensões políticas e judiciais, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (13) para emitir um alerta contundente sobre uma possível "fuga coletiva" de figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar, que já havia se posicionado sobre o tema, agora intensifica o discurso e solicita formalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) a imposição de medidas restritivas severas contra o próprio ex-mandatário.
A argumentação de Correia baseia-se em uma série de eventos recentes que, para ele, configuram um padrão de evasão da justiça. O deputado cita a saída da família de Mauro Cid do Brasil rumo aos EUA, o depoimento de Cid na Polícia Federal sobre sua tentativa de obter um passaporte europeu, a prisão de Gilson Machado, acusado de tentar emitir o documento para Cid, a presença de Eduardo Bolsonaro nos EUA em suposta conspiração, e a situação da deputada Carla Zambelli, que estaria "prestes a ser presa depois de fugir para a Itália".
Essa sequência de fatos, na visão do deputado petista, leva a uma conclusão "CLARO": "que vai haver uma fuga coletiva e o próximo a fugir é Jair Messias Bolsonaro." É a partir dessa premissa que Correia fundamenta seu pedido ao STF: que Bolsonaro seja proibido de se ausentar de Brasília, de se aproximar de embaixadas – que poderiam servir como rota de fuga ou refúgio – e que seja determinado o uso de tornozeleira eletrônica. Tais medidas, consideradas extremas, seriam, na perspectiva do deputado, essenciais para garantir que "os réus estejam frente a frente com a justiça e enfrentem a consequência dos seus atos".
A exigência de Correia, ancorada na alegação de que as "provas são inegáveis", acende um debate crucial sobre o equilíbrio entre a garantia de direitos civis individuais e a necessidade de o Estado prevenir a obstrução da justiça. Em um cenário de profunda polarização política, onde as acusações de "perseguição" e "caça às bruxas" se misturam à defesa da accountability, a decisão do STF sobre tais pleitos terá um peso significativo. Não apenas definirá o futuro processual dos envolvidos, mas também servirá como um termômetro da capacidade do sistema judiciário brasileiro de lidar com casos de alta voltagem política, assegurando a aplicação da lei sem ceder a pressões ou percepções de arbitrariedade.