Evangélicos acionam STF para proibir a linguagem neutra nas escolas
A ação acontece em meio ao crescimento de debates sobre diversidade e inclusão no ambiente escolar.

Representantes de entidades evangélicas protocolaram uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a proibição do uso de linguagem neutra em instituições de ensino em todo o país. A iniciativa, que partiu da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), argumenta que o uso de pronomes e expressões neutras nas escolas viola princípios constitucionais como o direito dos pais à educação moral de seus filhos e a obrigatoriedade do ensino da norma culta da língua portuguesa.
A ação acontece em meio ao crescimento de debates sobre diversidade e inclusão no ambiente escolar. Os defensores da linguagem neutra afirmam que ela representa uma tentativa de incluir pessoas não binárias e garantir maior representatividade no discurso, enquanto os críticos, em sua maioria ligados a setores religiosos e conservadores, alegam que a prática confunde os alunos e desrespeita regras gramaticais estabelecidas. A controvérsia se tornou um tema político, ganhando espaço em projetos de lei estaduais e municipais que tentam barrar seu uso em salas de aula.
O STF ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ação, mas a entrada do tema na pauta da Corte deve reacender os embates entre grupos conservadores e progressistas sobre o papel da escola na formação de valores e identidades. O caso pode ter repercussão nacional, influenciando políticas educacionais e decisões judiciais em todo o país. O debate em torno da linguagem neutra promete permanecer no centro das disputas culturais brasileiras nos próximos anos.