Alagoas registra 33 mil pessoas com diagnóstico de autismo
Embora o aumento na identificação de casos seja um passo importante, Alagoas ainda enfrenta um cenário de falta de profissionais especializados.

Dados divulgados pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que Alagoas tem 33 mil pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O levantamento marca a primeira vez que o IBGE incluiu perguntas específicas sobre o autismo, proporcionando um panorama mais detalhado sobre a presença do TEA no estado e no país.
Com uma população estimada em 3,1 milhões de habitantes, o número significa que cerca de 1% da população alagoana está dentro do espectro, percentual ligeiramente superior à média nacional, que ficou em 0,9%. Especialistas apontam que esse dado reflete tanto o avanço no diagnóstico quanto os desafios na oferta de políticas públicas para atender às demandas dessa população, que incluem acesso à saúde, educação inclusiva e serviços de apoio.
De acordo com entidades ligadas à causa, embora o aumento na identificação de casos seja um passo importante, Alagoas ainda enfrenta um cenário de falta de profissionais especializados, longas filas de espera para atendimento neurológico e poucos centros de referência públicos voltados ao tratamento e acompanhamento de pessoas com TEA. A inclusão escolar também continua sendo um dos grandes desafios relatados por familiares.
O IBGE destaca que a inclusão dos dados sobre autismo no Censo deve servir como base para orientar governos na formulação de políticas públicas mais assertivas e eficientes. Organizações e movimentos ligados ao tema esperam que, a partir desses números, haja uma ampliação dos investimentos em saúde, educação e acessibilidade, garantindo mais qualidade de vida e inclusão para as pessoas com autismo em Alagoas e em todo o Brasil.