O presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu na manhã desta segunda-feira (16) para o Canadá, a convite do Primeiro-Ministro canadense, Mark Carney. O objetivo da viagem é representar o Brasil na sessão ampliada da Cúpula do G7, que ocorre nesta terça-feira. 

Em sua publicação na rede social X, o presidente informou sobre a viagem e desejou "um bom trabalho ao companheiro @geraldoalckmin", que assume a presidência interinamente. A participação de Lula no G7, um grupo que reúne as maiores economias do mundo, reforça a diplomacia brasileira de aproximação com potências globais, buscando colocar o país em discussões centrais sobre temas como economia, clima e governança mundial. O convite do Canadá sublinha o interesse em ter a voz do Brasil, uma das principais economias emergentes, no diálogo com as nações mais ricas.

No entanto, a viagem ocorre em um período de turbulência no cenário político brasileiro. As recentes polêmicas envolvendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e embates com o Congresso Nacional sobre temas fiscais e o Judiciário, como as ações envolvendo as redes sociais, pintam um quadro de desafios internos que exigem a atenção do Executivo. A delegação da presidência a Geraldo Alckmin, embora rotineira, adiciona uma camada de expectativa sobre a capacidade de gestão do vice-presidente em um momento de ebulição política.

A estratégia de Lula de buscar uma posição de destaque no palco global é, para seus apoiadores, um movimento essencial para resgatar a imagem e a influência do Brasil após anos de isolamento diplomático. Contudo, críticos argumentam que a prioridade deveria ser a estabilização interna e a resolução dos impasses que afetam diretamente a vida dos brasileiros. A presença no G7, nesse contexto, pode ser vista como uma tentativa de projetar uma imagem de estabilidade e liderança, mesmo com as águas agitadas em casa.